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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Homem Que Calculava - A Origem.

As aventuras de Beremiz Samir, contada por seu amigo e companheiro de viagem Hank Tade-Maiá, em O Homem Que Calculava, começa de maneira curiosa e se fortalece ao longo dos capítulos deste delicioso livro escrito por Malba Taham, que serve aos leitores pequenas porções de um prato por muitos, apreciado, e por outros, por pura falta de conhecimento, desprezado.
Estamos falando da matemática, ou mais que isso. Do amor do homem por esta milenar ciência.
O livro começa com Malba Taham dedicando sua obra à memória de ilustres estudiosos que individualmente doaram os ingredientes necessários para montar o banquete servido com graça, elegância, e precisão. Vamos a ele.


À memória dos sete grandes geômetras cristãos ouagnósticos: Descartes, Pascal, Newton, Leibnitz, Euler,Lagrange, Comte, (Allah se compadeça desses infiéis), e àmemória do inesquecível matemático, astrônomo e filósofomuçulmano, Buchafar Mohamed Abenmusa Al Kharismi,(Allah o tenha em sua glória!), e também a todos os queestudam, ensinam ou admiram a prodigiosa ciência dasgrandezas, das formas, dos números, das medidas, dasfunções, dos movimentos e das forças, eu, el-hadj xerife AliIezid Izz-Edim ibn Salim Hank Malba Tahan (crente deAllah e de seu santo profeta Maomé), dedico estadesvaliosa página de lenda e fantasia.De Bagdá, 19 da Lua de Ramadã de 1321.
Logo no primeiro capítulo, Maiá viajante de Samarra à Bagdá, tem sua atenção chamada pelo estranho comportamento de um viajante, sentado em uma pedra.

Em nome de Alá, Clemente e Misericordioso! (1)
Voltava eu, certa vez, ao passo lento do meu camelo, pela estrada de Bagdá, de uma excursão à famosa cidade de Samarra, nas margens do Tigre, quando avistei, sentado numa pedra, um viajante, modestamente vestido, que parecia repousar das fadigas de alguma viajem.
Dispunha-me a dirigir ao desconhecido o salã (2) trivial dos caminhantes quando, com grande surpresa, o vi levantar-se e pronunciar vagarosamente:
- Um milhão, quatrocentos e vinte e três mil, setecentos e quarenta e cinco!
Sentou-se em seguida e quedou em silêncio, a cabeça apoiada nas mãos, como se estivesse absorto em profunda meditação.
Parei a pequena distância e pus-me a observá-lo, como faria diante de um monumento histórico dos tempos lendários.
Momentos depois o homem levantou-se novamente e, com voz clara e pausada, enunciou outro número igualmente fabuloso:
- Dois milhões, trezentos e vinte e um mil, oitocentos e sessenta e seis!
E assim, várias vezes, o esquisito viajante pôs-se de pé, disse em voz alta um número de vários milhões, sentando-se em seguida, na pedra tosca do caminho.
Sem poder refrear a curiosidade que me espicaçava, aproximei-me do desconhecido e, depois de saudá-lo em nome de Allah (com Ele a oração e a glória) (3), perguntei-lhe a significação daqueles números que só poderiam figurar em gigantescas proporções.
- Forasteiro – respondeu o Homem que Calculava -, não censuro a curiosidade que te levou a perturbar a marcha de meus cálculos e a serenidade de meus pensamentos. E já que soubesse ser delicado no falar e no pedir, vou atender ao teu desejo. Para tanto preciso, porém, contar-te a história de minha vida!
E narrou o seguinte:




Ficou curioso? Assim termina o capítulo I, mas não fique vexado. Vamos trazer o capítulo II, logo logo. Aguarde. Enquanto isso você pode ir degustando as aventuras de Beremiz e Maiá, aqui mesmo no blog, nas história sobre Os Quatro Quatros e sobre  A Divisão dos Camelos. Bem vindo a este banquete, farte-se e divirta-se.


Notas:
(1) O árabe muçulmano não inicia uma obra literária, ou uma simples narrativa, sem fazer essa evocação respeitosa ao nome de Deus. Vale por uma prece.
(2) Saudação. Salã - Quer dizer paz. Expressão de que se servem os árabes em suas saudações. Quando um maometano
encontra outro, saúda-o nos seguintes termos: “Salã aleikum” (A paz de Deus esteja contigo).
(3) “Alá” ou “Allah” – Deus. Os árabes designam o Criador por quatrocentos e noventa e nove nomes diferentes. Os muçulmanos, sempre que pronunciam o nome de Deus, acrescentam-lhe uma expressão de alto respeito e adoração. O Deus dos muçulmanos é o mesmo Deus dos cristãos. Os muçulmanos são rigorosamente monoteístas.

Fontes: 
Wikipedia
TSE - Biblioteca 
Google Imagens

7 comentários:

  1. O Homem que Calculava ganha em notoriedade pelo modo como narra aventuras de viajantes para Bagdá, tendo como principal companheira a matemática.

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  2. Gostei muito da sua resenha sobre esse excelente livro que li há anos.
    Um abraço e ótimo final de semana.

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    1. Obrigada Tania por sua visita. Fico feliz que tenha gostado. E um livro muito bacana. Tem lindas historias.

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  3. retribuindo visitinha.
    seja bem-vinda e volte sempre que puder,bjs

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    1. Oi Karina, eu que agradeco sua visita. Vou estar sempre aqui para recebe-la. Sempre que puder vou visita-la no seu blog para saber as novidades. Bjs.

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  4. Clássico!
    Todos deveriam ler este livro.
    Beleza de viagem e lições de sabedoria e conhecimento.
    Compartilhei no G+.
    Valeu!
    Beijão.
    Seguindo de novo...rsrsrs

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    Respostas
    1. Voce e danada Beth. Obrigada amiga por sua visita e comentario. Recomendo tambem.
      Acontece comigo tambem. Eu olho nao vejo a foto...entao na.duvida...sigo de novo. Acho que nao faz mal. Rsrsrsrs Bjs !!!

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