Tocha Olímpica! Uma Invenção Genuinamente Grega.

Desde sua descoberta o fogo ganhou lugar cativo entre os homens. Com ele o homem se aquecia, espantava animais selvagens, cosia alimentos, iluminava tendas e cavernas ou simplesmente imbui àquele que o dominava, poderes sobre os demais homens. Conta a história que Prometeu roubou o fogo de Zeus e deu aos homens. Comprou uma brigada feia com o deus do Olimpo. E por causa desta travessura, Prometeu foi castigado a ficar amarrado a uma pedra com os bofes para fora sendo picado direto no fígado por aves para todo o sempre. Que castigo! Eu hem. Valeu Prometeu, onde você estiver! Aliás, com este nome acho que foi igual prometer coisa para criança. Enquanto não foi dado fogo, aos homens devem ter ficado pentelhando o coitado do Prometeu. Mas essa é outra história.

Pois bem, voltando a história do fogo. Como o fogo tornou-se um aliado na sobrevivência dos homens, os Gregos, para agradecer a passagem do fogo aos homens, criaram as corridas de revezamento. Nestas corridas os homens, corriam com uma tocha que iam passando de um atleta para outro. Sem deixar apagar a chama, e correndo sempre, ganhava quem cruzasse a linha de chegada.

O tempo passou, e os gregos organizaram seus primeiros Jogos Olímpicos em 776 a.C. Os Jogos eram realizados a cada quatro anos em Olímpia, e honravam a Zeus e a outras divindades. Além de cunho religioso, as Olimpíadas também marcaram um período de paz em meio às constantes guerras. E no início dos Jogos, os corredores cruzavam a Grécia como “anunciadora da paz”, declarando a “trégua sagrada” a todas as batalhas entre as cidades rivais. Ficava assim estabelecida a paz durante os jogos de modo que os espectadores poderiam chegar seguros às Olimpíadas e prestigiar o evento. Depois, a peia comia.

A chama queimando constantemente era mantida por toda a Grécia. Ela adornava os altares dos deuses e consta que em Olímpia havia um altar dedicado a Hera, a deusa da vida e do casamento. Este altar era aceso no início dos Jogos Olímpicos, por um sistema engenhoso constituído de um disco ou espelho côncavo chamado skaphia no formato parabólico, que direcionado aos raios do sol, num certo ângulo e por determinado tempo, acendia a pira no altar.

Bacana não!? Os sacerdotes juravam que era coisa dos deuses, mas era da Física mesmo. A chama queimava durante os jogos como um sinal de pureza, razão e paz. 

Os gregos pararam de organizar os Jogos Olímpicos por cerca de mil anos, e o revezamento de tochas e o acender da chama também acabaram. Vieram os Romanos, Bizantinos e Otomanos, só depois em 1896, vieram as Olimpíadas – para nossa alegria, dos atletas e dos patrocinadores – quando os primeiros jogos modernos aconteceram em Atenas. 

A volta do revezamento de tochas veio um pouco depois, mas isso é outra história, fica para outro artigo.  

Espero que tenham gostado, pois adoro História e em especial Mitologia Grega, e nesses tempos de Olimpíadas, fico inspiradíssima. Até a próxima.

Fonte: How Stuff Works

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