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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Manoel de Barros, Poeta Lavrador que Colhe do Chão as Palavras.

Vamos hoje ter um pouco mais de Manoel de Barros, já tínhamos tido sua presença antes em Frases do Autor de "Não Preciso de Fim Para Chegar", agora o "poeta lavrador que colhe do chão as palavras", retorna para nos alegrar com sua poesia. Poeta contemporâneo  morando ali no Mato Grosso, escreve e participa ativamente do mundo literário. Ganhador de vários prêmios, mas pessoa simples e forte, como a terra.


No Jornal de Poesia, Carlos Augusto Viana, discorre sobre este magnifico escritor, de maneira apaixona, e não é paixão fácil não. Manoel teve como influência, a poesia de Oswald de Andrade, Rimbaud e de toda a obra do Padre Antonio Vieira, Borges, Guimarães Rosa, Quevedo e Strindberg.  Com influências assim não tem como não cair de paixão após conhecer a poesia de Manoel de Barros. Acompanhe trecho sobre o poeta, nas palavras de Carlos Augusto Viana.
O trabalho de Manoel de Barros, trata-se, portanto, de uma poesia intrigante, desafiadora e, sobretudo, inaugural. Seus livros já antecipam a estranheza poética nos próprios títulos, tais como: ´Poemas concebidos sem pecados´ (1937), ´Face imóvel´ (1942), ´Compêndio para uso dos pássaros´ (1961), ´Gramática explosiva do chão´ (1969), Arranjos para assobio´ (1983), ´livro de pré-coisas´ (1986), ´O guardador de águas´ (1989), ´O livro das ignorãças´ (1993), ´Livro sobre o nada´; (1996), ´Retrato do artista quando coisa´ (1998), dentre outros. Percorrermos, assim, um dos múltiplos caminhos desse poeta lavrador que colhe do chão as palavras.

Saiba Mais Sobre Manoel de Barros.


  • Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá MT, 1916). Publicou seu primeiro livro de poesia, Poemas Concebidos Sem Pecado, em 1937. Formou-se bacharel em Direito no Rio de Janeiro RJ, em 1941. 
  • Nas décadas seguintes publicou Face Imóvel (1942), Poesias (1946), Compêndio para Uso dos Pássaros (1961), Gramática Expositiva do Chão (1969), Matéria de Poesia (1974), O Guardador de Águas (1989), Retrato do Artista Quando Coisa (1998), O Fazedor de Amanhecer (2001), entre outros. 
  • A partir de 1960 passou trabalhar como fazendeiro e criador de gado em Campo Grande MS. Ao longo das décadas de 1980 e 1990 veio sua consagração como poeta. 
  • Em 1990 recebeu o Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro O Guardador de Águas, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. 
Manoel de Barros é um dos principais poetas contemporâneos do Brasil. 
  • Em sua obra, segundo a crítica Berta Waldman, "a eleição da pobreza, dos objetos que não têm valor de troca, dos homens desligados da produção (loucos, andarilhos, vagabundos, idiotas de estrada), formam um conjunto residual que é a sobra da sociedade capitalista; o que ela põe de lado, o poeta incorpora, trocando os sinais".
A Cara é super, hã de concordar. Até breve com mais Manoel de Barros.

9 comentários:

  1. Lindas poesias deste Poeta contemporâneo morando ali no Mato Grosso, escreve e participa ativamente do mundo literário. Ganhador de vários prêmios, mas pessoa simples e forte, como a terra.

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  2. As poesias deste poeta são bonitas. Já li algumas e eu gostei, mas por acaso não ligo muito a livros.

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    1. Admiro muitas coisas André, principalmente aquilo que não sei. Colocar as palavras meio que ao léu, de forma despretensiosa - É uma delas.
      Ai você se afasta e faz uma panorâmica. Lê e pensa: pô isso mexeu com alguma coisa em mim. Você não sabe o quê exatamente, como ou porquê, mas lá dentro algo mudou...acredite, para a melhor. Assim é a poesia.
      As de Manoel têm um quê de inocência e desatino, como a infância. Livre, sem iera nem beira... só correria no quintal.
      Obrigada amigo e tenha um bom dia!!!!

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  3. Ahhhdoro também!! Olha o que tenho digitado aqui comigo, do livro "Memórias inventadas – As Infâncias de Manoel de Barros"

    Uso a palavra para compor meus silêncios.
    Não gosto das palavras
    fatigadas de informar.
    Dou mais respeito
    às que vivem de barriga no chão
    tipo água pedra sapo.
    Entendo bem o sotaque das águas.
    Dou respeito às coisas desimportantes
    e aos seres desimportantes.
    Prezo insetos mais que aviões.
    Prezo a velocidade
    das tartarugas mais que a dos mísseis.
    Tenho em mim esse atraso de nascença.
    Eu fui aparelhado
    para gostar de passarinhos.
    Tenho abundância de ser feliz por isso.
    Meu quintal é maior do que o mundo.
    Sou um apanhador de desperdícios:
    Amo os restos
    como as boas moscas.
    Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
    Porque eu não sou da informática:
    eu sou da invencionática.
    Só uso a palavra para compor meus silêncios.

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    1. Aiiiiii lindo amiga!!!!!
      Que maravilha esse cara escreve, gostei ...
      Vou destacar
      Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
      Porque eu não sou da informática:
      eu sou da invencionática.

      Ah como eu queria...
      Obrigada amiga, um dia práti!!

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  4. Oi, amiga!
    Gostei muito do post...amo esses poetas que se inspiram na terra, no natural para escrever...lindas suas poesias, muito inspiradas!

    "Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito."

    Bjssss

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    1. Sabe Sandra querida, eu gosto tanto que até quando você coloca o texto eu gosto como se não tivesse lido antes.
      É lindo de ler. É como se mastigássemos as palavras e elas fossem sendo engolidas pelos olhos. É uma sensação engraçada.

      Obrigada e uma boa noite amiga.

      PS> Tenho estado um pouco mais ocupada que antes, mas creia-me logo logo te faço uma visita.

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  5. Maravilha!
    Chão, poesia. Poesia, chão.
    Infância, peão, solidão, imensidão...
    Assim é ele. Intenso.
    Belo resgate.
    Adore Ana.
    Beijo.

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    Respostas
    1. Beth amiga querida.

      Falei a pouco para Madalena que descobri a meses Manoel de Barros. Gostei e continuo gostando das poesias dele. Virei fã do cara.

      Leio sempre que quero rir. Sabe aqueles risos frouxos, abertos? E o olhar distante... para dentro de mim, da minha infância e das peraltagens no quintal... é bâo, Chão, poesia, Poesia, chão...
      Uma boa noite querida!!!

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